Da aprendizagem num projeto Erasmus+ KA1 para a Sala de Aula

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Com um historial de eficácia, já comprovado, através da operacionalização de um conjunto de eventos, atividades e projetos de sucesso na utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação, o Centro de Formação EduFor (CFAE EduFor), com o apoio do Agrupamento de Escolas de Mangualde (AEM), dinamizou no ano letivo de 2014/2015 o projeto Erasmus+ KA1 "Inov@r com Tecnologias Interativas".
Deste projeto faziam parte duas mobilidades de 8 docentes. Uma para um curso de dois dias sobre Tablets no Reino Unido e outra para um curso de cinco dias no Future Classroom da European Schoolnet em Bruxelas. Partilhamos aqui as palavras de um docente que participou num projeto Erasmus+ (KA1):
"A utilização em sala de aula de ferramentas associadas às TIC, quer como suportes interativos no apoio à consulta, apresentação e exploração de conteúdos, quer como suporte à avaliação de competências e de conhecimentos, pode e deve ser feita sempre que tal constitua uma vantagem em relação às práticas mais tradicionais. A rentabilização do tempo de aula, a simplicidade no desempenho e a eficácia nos processos são aspetos que, regra geral, um professor procura obter no momento da escolha de tais ferramentas.
Desde há mais de uma década que se tornou recorrente para mim o uso do computador e do quadro interativo. No entanto, dispositivos eletrónicos como o “tablet” e o “smartphone” têm ainda sido marginalizados em sala de aula, muitas das vezes, aparentemente, com razões válidas para isso. A escola tende assim a manter-se sempre alguns passos atrás de uma realidade que cedo chega aos nossos alunos na admissão destes produtos como recurso válido em sala de aula.
No início deste ano letivo, após reavaliar as características de mais de meia dúzia de programas do género, decidi usar a ferramenta disponibilizada em www.socrative.com para proceder à avaliação diagnóstica dos meus alunos. Aqui os itens são de muito fácil construção, não necessitando de quaisquer conhecimentos avançados de informática (assim como em todo o processo), de diferentes tipologias à escolha e de organização e apresentação muito intuitivas.
Os alunos, acompanhados quase exclusivamente dos seus “smartphones”, apenas uns poucos usaram o “tablet”, acederam à rede Wifi da escola e entraram no sítio escolhido e na sala aí criada por mim. Após, no máximo, cinco minutos após o início, todos os alunos se encontravam prontos a iniciar a prova, à qual iam respondendo diretamente nos respetivos dispositivos eletrónicos. No computador da sala foi possível acompanhar o progresso de todos os alunos e, desta forma, aperceber-me de alguma ocorrência mais distratora. No final do tempo disponibilizado todos os alunos puderam submeter as suas respostas e imediatamente conhecer os resultados obtidos.
Antes do final da aula foi ainda possível analisar os resultados por aluno e por item, discutindo as diferentes opções de resposta, principalmente naqueles onde a percentagem de acerto foi menor, e proceder à correção ou mesmo à revisitação de alguns conteúdos tidos como mais significativos. Todo o tratamento e apresentação de resultados são feitos automaticamente, o que permite uma otimização do tempo disponível e um ganho na eficácia dos processos.
Dada a forma tão positiva como decorreram estas primeiras experiências, pretendo alargar esta prática à avaliação formativa mais informal realizada no final de algumas aulas, disponibilizando aos alunos duas ou três questões a responder em cinco minutos e imediatamente poder avaliar também o processo ensino-aprendizagem em curso.
Um outro aspeto bem positivo foi a forma perfeitamente pacífica e natural com que os alunos acolheram esta experiência, sem conflitos com o processo e sem desvios ao solicitado, encarando cada dispositivo eletrónico apenas como mais uma ferramenta didática a usar de forma enquadrada e contextualizada". 
               (Ângelo Fernandes, docente de Físico-Química do ensino secundário)

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